Currículo


  • Bachelor of Science in Medicin, Moscovo
  • Bachelor of Science in Osteopathy, Oxford Brookes University
  • Certified Visceral Manipulation Practicioner (CVMP), Barral Institute, USA
  • Barral Institute Diplomate (BI-D), USA
  • Certified CranioSacral Therapist (CST-T), Upledger Institute, USA
  • Curso de Hipnóse Clínica, SPHM
  • Curso de Homeopatia, Instituto de Formação Superior em Bioterapias, Lisboa



A nova vaga


A revista TIME coloca o Dr. John Upledger e o Dr. Jean-Pierre Barral entre os 6 terapeutas de Medicina Alternativa da actualidade mais inovadores do mundo.



  • Dr. John Upledger (1932-2012), médico e osteopata americano, desenvolveu a Terapia Sacro-Craniana, após um estudo científico intenso entre 1975-1983, enquanto professor de biomecânica e investigador clínico na Universidade Estatal de Michigan nos Estados Unidos da América.
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  • Dr. Jean-Pierre Barral, médico osteopata francês, desenvolveu os sistemas terapeuticos denominados de Manipulação Visceral, baseado nos estudos efectuados nos anos setenta juntamente com o Dr. Arnaud no Hospital de Doenças Pulmunares de Grenoble em França, e Manipulações Neurais, Manipulações Viscero-Vasculares, Manipulações Articulares e Manipulação de Áreas Estratégicas do Corpo.

Mais ainda, o aperfeiçoamento de novas técnicas manuais de Drenagem Linfática e o desenvolvimento do "Currículo do Cérebro" dirigido ao cérebro, espinal medula e patologias associadas, fazem com que se tenha de considerar, para a lista dos terapeutas mais inovadores do mundo em Medicina Alternativa, o nome de :



  • Dr. Bruno Chikly, médico francês, com experiência em endocrinologia, cirurgia, neurologia e psiquiatria, com formação posterior em Osteopatia. 

Understanding Your Organs

In Our Organs, the Echos of Our Emotions


The body retains the memory of trauma, whether it be physical or emotional. In intense stress situations, the brain passes the excess stress on to the organs, whose fibrous matter immediately records the emotion. This sets off a psychosomatic reaction; the human body is the seat of a permanent "emotion-organ-behavior-organ" cycle. Each organ is connected to specific emotions. When we feel an emotion, it is not our foot or our chin reaction, but our organs. Conversely, they are extremely receptive to our emotions and feelings. Our organs react depending on the intensity, the severity, and the duration of the stress they encounter. Every person has his or her weak links, an organ or body part that is more vulnerable than the others and becomes the main target of stress. There is often a genetic predisposition to weakness of a particular organ. Or it may heve became weak due to an unhealthy lifestyle.

Sometimes pain originates with an emotional upset, which then creates distress in the associated organ. Sometimes an organ is physically damaged, and this in turn stimulates the associated emotional traits to emerge. Not all the symptoms are necessarely present in one individual, and we all show signs of each tendency at different times. When the physical problem improves, the person's behavioral stability returns, to a greater or lesser degree. Conversely, if the behavioral component improves, the adverse physical symptoms will lessen. But the tendencies pertaining to the weak link will remain and arise again  if the organ encounters a new problem. Being aware of the psychoemotional connection with the organs will assist you in achieving and maintaining optimum well being.


Osteopatia

É a arte de tratar o sistema músculo-esquelético através de manipulações manuais com o objectivo de restaurar os movimentos fisiológicos no seu equilíbrio postural.

Eis algumas das disfunções que poderão ser tratadas pela Osteopatia:
- Dor músculo-esquelética;
- Dores da coluna;
- Dores das articulações: ombros, cotovelos, ancas, joelhos, mãos e pés, etc;
- Tendinites, artroses, artrites;
- Hérnias discais;
- Ciática;
- Torcicolos;
- Formigueiro e dormência dos dedos;
- Escoliose;
- Etc.

Osteopatia Visceral

Consiste numa série de técnicas manipulativas manuais para o tratamento de disfunções das vísceras do organismo (orgãos internos) e das suas relações com outros orgãos e sistemas do corpo.

Eis algumas disfunções que poderão ser tratadas pela Osteopatia Visceral;
- Obstipação;
- Incontinência, problemas da bexiga;
- Impotência;
- Prevenção de doenças da próstata;
- Infertilidade - certos tipos de esterilidade;
- Dores menstruais e desiquilíbrio hormonal;
- Problemas do fígado e vesícula biliar;
- Etc.

Terapia Sacro-Craniana

É uma terapia manual feita através de um toque suave, cuja pressão não ultrapassa os 5 gramas, que consiste em estimular as forças de auto-tratamento do organismo, a defesa e a regulação de homeostase próprio do corpo para que este volte a desempenhar as suas funções normalmente.

A Terapia Sacro-Craniana (também conhecida como Terapia Craneo-Sacral ou Cranio-Sacral Therapy) incentiva os mecanismos naturais do corpo de forma a melhorar o funcionamento do cérebro e da medula, elimina os efeitos negativos do stress e aumenta o seu bem-estar e a sua capacidade imunológica.

A Terapia Sacro-Craniana actua directamente sobre o sistema nervoso central e é eficaz numa grande variedade de problemas associados à dor e à disfunção.

Efeitos e indicações:
- Depressões, stress, ansiedade e insónias
- Enxaquecas, dores de cabeça, cefaleias e vertigens
- Fadiga crónica, problemas emocionais
- Falta de vitalidade das pessoas idosas e/ou debilitadas por doenças prolongadas
- Distúrbios de personalidade, comportamento anti-social
- Dores musculares crónicas da coluna vertebral e das articulações
- Em casos de má calcificação dos ossos
- Escoliose
- Disfunções temporo-mandibulares
- Doenças das vias respiratórias
- Alergias
- Asma branquial
- Doenças do sistema nervoso central (Esclerose Múltipla, Alzheimer, Parkinson e outras)
- Problemas do tecido conjuntivo
- Fibromialgia
- Renites, Sinusites e Ótites crónicas
- Hiper e Hipotiroidismo
- Doenças Neuroendocrinas, disfunções do hipotálamo, hipófise e epífise
- Hipertensão, taquicardia
- Disfunções neurovasculares e melhoria do sistema imunitário
- AVC (Acidente Vascular Cerebral)
- Em casos de infecções crónicas e inflamações
- Todas as doenças auto-imunes (artrite reumatóide, espondilose anquilosante, doença de Crohn, Lúpus, etc.)
- Doenças do aparelho digestivo
- Etc.

Pediatria com recurso à Terapia Sacro-Craniana

Durante o parto ocorrem situações de stress físico (espasmos musculares, torção do pescoço, da coluna, dos ombros, da cintura, deformação dos ossos da cabeça, hematomas e outros) e stress emocional, das quais os recém-nascidos terão de recuperar o mais rapidamente possível, pois, caso não o façam, podem comprometer o futuro desenvolvimento da criança, assim como ficarão mais expostos a problemas de saúde na fase adulta.

Eis alguns dos benefícios da Terapia Sacro-Craniana e sintomas que poderão ser tratados:
- Melhoria de todo o sistema imunitário;
- Choro sem causa aparente, alteração do sono e irritabilidade;
- Dificuldade de aprendizagem e dislexia;
- Hiperactividade e falta de atenção,
- Paralisia cerebral;
- Autismo;
- Problemas respiratórios, convulsões;
- Escoliose e problemas estruturais, incluindo dores cervicais;
- Manutenção da deformação da cabeça após o nascimento;
- Cólicas, obstipação, diarreia, refluxos gástricos, excesso de gases, dificuldades de deglutição, de digerir o leite, etc;
- Problemas de saúde com demasiada frequência (ex. infeccções crónicas);
- Dificuldade de coordenação motora, atraso no desenvolvimento;
- Etc,

O valor da Terapia Sacro-Craniana

Estamos todos familiarizados com os ritmos respiratório e o cardiovascular. Assim como eles, existe um outro ritmo do nosso corpo que influencia muitas funções no nosso organismo - o ritmo Sacro-Craniano. Qualquer falta de equilíbrio nesse Sistema pode causar danos ao desenvolvimento e normal funcionamento do cérebro e da medula, o que pode resultar em disfunções sensoriais, motoras ou neurológicas.

O Sistema Sacro-Craniano é um sistema fisiológico que existe não apenas no homem, mas também em todos os animais que possuem cérebro e medula. A sua formação começa no útero e sua função predura até a morte.

O Sistema Sacro-Craniano é constituído por membranas e pelo líquido cérebro-espinhal, ou líquido cefalo-raquideano (LCR), os quais envolvem e protegem o cérebro e a medula, e estende-se desde o cranium (osso do crânio, faces e boca) até ao sacrum (cóccix).

O médico osteopata e cirurgião Dr. John Upledger tem sido ao longo dos últimos 30 anos o principal incentivador no uso do Sistema Sacro-Craniano para avaliar disfunções e ajudar as pessoas no alívio de dores. A sua pesquisa e trabalho clínico com o ritmo Sacro-craniano levaram-no a desenvolver uma terapia de toques (leves), a qual tem sido muito eficiente e crescentemente valorizada em casos de disfunções mal compreendidas, dores crónicas, baixa vitalidade e infecções recorrentes.

O efeito positivo da Terapia Sacro-Craniana está em grande parte ligado à capacidade das actividades fisiológicas de auto-correção de cada um de nós. Com toques leves, o terapeuta é capaz de interferir nas forças hidráulicas inerentes ao Sistema Sacro-Craniano, melhorando dessa forma a situação do organismo.

COMO É FEITA A TERAPIA SACRO-CRANIANA ?
A Terapia Sacro-Craniana é suave. Raramente o terapeuta aplica uma pressão no toque que ultrapasse 5 gramas, ou seja o peso equivalente de uma pequena moeda. Por mais inacreditável que pareça, os efeitos positivos dessa suave aplicação são notáveis. Em essência, a Terapia Sacro-Craniana trabalha com os ritmos naturais e individuais dos diferentes sistemas do organismo, para estabelecer e corrigir a fonte dos problemas. Isto exige um toque sensível e não uma mão pesada.

Terapeutas treinados são capazes de testar/sentir o movimento do Sistema Sacro-Craniano em qualquer parte do corpo de uma pessoa. Desta forma, podem ser obtidas rapidamente informações importantes sobre a força, ritmo, amplitude, simetria e qualidade do movimento Sacro-craniano.

As regiões do Sistema Sacro-Craniano que podem ser mais facilmente palpadas são: os ossos do crânio e do cóccix - porque estão ligadas à membrana que envolve o fluído cérebro-espinhal ou líquido cefalo-raquideano (LCR). O mesmo se aplica aos ossos da face e às articulações têmporo-mandíbulares. Esse fluído (LCR) é filtrado do sangue num ciclo contínuo e dinâmico. A pressão sobe à medida que a quantidade de LCR aumenta, inundando o cérebro e a medula da mesma maneira como funciona um sistema hidraúlico semi-fechado. Quando o fluído se desloca - normalmente a uma velocidade de 6 a 12 ciclos por minuto - as membranas que contêm o LCR movem-se. Este líquido não só drena os produtos finais do metabolismo nervoso (função linfógena) como também é responsável pela nutrição, pois contém alto teor de proteínas, transporta substâncias hipotalâmicas e neuro-hipofisárias, executa funções imunológicas, mantendo o cérebro livre das bactérias, e outras funções, como a influência hidrodinâmica, bioeléctrica e química.

É possível explicar, em termos práticos e científicos, as funções do Sistema Sacro-Craniano e também mostrar como este sistema pode ser utilizado para aliviar disfunções que envolvam o cérebro e a medula, assim como uma série de outros problemas de saúde que antes permaneciam mal compreendidos.

OBJECTIVOS DO TRATAMENTO
O objectivo do tratamento consiste em ajudar as forças de auto-cura do organismo, a defesa e regulação de homeostase próprio do corpo para que volte a desempenhar as suas funções. Isto consegue-se regulando as tensões de tecido, de forma que os processos de intercâmbio de líquidos nervosos e energéticos voltem a funcionar com normalidade.

Assim, temos como objectivos do tratamento a:
- Normalização da função do Sistema Nervoso.
- Eliminação de congestão e obstrução da circulação dos diferentes líquidos.
- Normalização da flutuação cérebro-espinhal
- Obtenção de um equilíbrio fisiológico dinâmico das tensões fasciais do corpo (inclusivamente nos ligamentos e membranas)
- Eliminação das limitações dos movimentos articulares.
- Melhoria da reacção dos tecidos do corpo contra os estímulos provocados pelo stress.
- Integração das experiências traumáticas de tipo psíquico e físico.
- Melhoria da estática e dinâmica do corpo.
- Melhoria do nível de energia do paciente.
- Melhoria de todo o sistema imunitário.

DURAÇÃO E FREQUÊNCIA DOS TRATAMENTOS

Cada tratamento dura 45-50 minutos.

A frequência do tratamento depende do problema e da reacção individual de cada paciente. No entanto, quando existem disfunções crónicas é aconselhável 1 tratamento semanal durante um mínimo de 5-6 semanas, já que estas requerem um tempo de tratamento mais prolongado do que as agudas. Quando se trata de doenças crónicas graves sugere-se 1 tratamento, ou mais, por semana, tudo dependendo da reacção do paciente, mas diminuindo gradualmente a frequência dos tratamentos ao longo do tempo. Neste caso, o tratamento é mais prolongado.

A diminuição e alteração dos sintomas iniciais demonstram que as mudanças provocadas durante a terapia, os processos que se seguem a cada sessão e os efeitos positivos alcançados são o resultado de um tratamento eficaz.

Porque precisam os recém-nascidos, os bebés e as crianças de Terapia Sacro-Craniana?

Durante o parto ocorrem situações que provocam no recém-nascido, infelizmente e invariavelmente, espasmos musculares, torção do pescoço, da coluna, dos ombros, da cintura, deformação dos ossos da cabeça, hematomas, entre muitas outras situações.

A Terapia Sacro-Craniana aplicada aos recém-nascidos permite que os seus corpos recuperarem tão depressa quanto possível não só desse “stress” físico, mas também do “stress” emocional do nascimento.

De referir, que um grande número de problemas físicos e neurológicos (asma, alergias, eczemas, enxaquecas, distúrbios psicológicos, depressões, …), os quais por vezes só são detectados na dolescência ou na vida adulta, têm a sua origem em problemas ocurridos ainda durante o nascimento.

Por exemplo, maus alinhamentos estruturais do Sistema Sacro-Craniano (pélvis, coluna e cabeça) podem criar desequilíbrio das articulações, comprimir nervos, criar contraturas musculares, tensões fasciais e espasmos dos órgãos internos e reduzir a capacidade de funcionamento de todo o corpo.

Através de um toque suave, o ritmo e o alinhamento das estruturas cranianas, espinhais e pélvicas podem ser levadas ao seu equilíbrio natural permitindo assim o bom desenvolvimento e nutrição do cérebro e dos nervos espinhais dos recém-nascidos.

Se a mãe teve um parto difícil, a avaliação e o tratamento do bebé devem ser feitos logo após o nascimento, mas se pelo contrário o parto foi bom e sem grandes problemas pode-se aguardar algum tempo. Por outro lado, quanto mais cedo se efectuar o tratamento mais fácil se torna reequilibrar o bebé, ou seja ainda antes que o seu corpo se adapte a disfunções. O adiar do tratamento só vai fazer com que o mesmo se torne mais complicado e demorado. Como regra, é importante actuar o mais cedo possível, para evitar o desconforto ou solucionar os problemas do bebé quanto antes. Caso assim não se proceda, aquilo que poderia passar em poucas sessões poderá assim levar várias, dependendo da situação.

COLESTEROL , verdadeiramente um demónio ou um anjo tornado demónio?

Todos nós vimos e ouvimos diariamente os anúncios, a publicidade e os debates que nos fazem acreditar na ideia, segundo a qual no caso de termos níveis de colesterol elevados e não o “tratarmos” sermos considerados uns desleixados com a nossa saúde e, por que não dizê-lo, uns irresponsáveis.

A pressão (des)informativa é tão elevada que até mesmo as pessoas que tenham conhecimentos básicos e rudimentares sobre saúde opinam e dizem que ter altos níveis de colesterol é mau. Mas será? O colesterol é bom ou é mau?

Neste artigo apresenta-se uma versão diferente sobre o colesterol, ou seja em como temos vindo a acreditar erradamente que o colesterol só existe para nos dar problemas.

É porventura do seu conhecimento que o colesterol é um potente antioxidante? Na realidade, o colesterol é o antioxidante mais poderoso para as membranas celulares do cérebro. Na opinião de inúmeros e conceituados médicos especialistas, isto é muito importante.

Oitenta por cento do nosso colesterol é produzido no nosso próprio fígado, enquanto 20% vem da nossa alimentação. O aumento dos níveis de colesterol tem obviamente uma razão, mas eu diria mais: tem um motivo.

Apresentam-se alguns factos:

1. A forma irregular que o colesterol apresenta ajuda a evitar a cristalização das membranas celulares em todas as nossas células e ajuda a manter a fluidez/permeabilidade da membrana. Essa fluidez/permeabilidade acrescida das membranas permite que os elementos nutritivos entrem para dentro das células com maior facilidade assim como ajuda na remoção dos detritos resultado do metabolismo a serem expelidos pelas mesmas.

2. Por outro lado, o colesterol ajuda o corpo a defender-se das toxinas de origem externa. De facto, o colesterol elevado pode ser um sinal de toxicidade.

É sabido que qualquer desintoxicação do fígado ou limpeza ao cólon baixam os níveis de colesterol. Também já foi demonstrado cientificamente que a remoção de metais pesados do corpo diminui os níveis de colesterol.

3. A maioria do colesterol produzido no fígado é transformado em bílis. No entanto, as enzimas que convertem o colesterol em bílis são neutralizadas na presença de altos níveis de insulina. Quando isto acontece, o colesterol não é transformado em bílis e é despejado no tracto intestinal, onde é rapidamente reabsorvido pela corrente sanguínea.

A dieta Adkins (por exemplo) reduz os níveis de insulina e tende a diminuir o colesterol em cerca de 50 pontos.

4. O colesterol converte-se em hormonas, incluindo em estrogénio (hormona feminina, mas também existente nos homens), progesterona (hormona feminina responsável pela preparação e manutenção da gravidez), cortisol (hormona responsável pela resposta do corpo ao “stress”), testosterona (hormona masculina, mas também existente nas mulheres) e DHEA (que gere a sensação de bem-estar e retarda o processo de envelhecimento).

Sem estas hormonas não só a vida não seria nada divertida, como estaríamos mortos.

Existem inúmeros estudos feitos em todo o mundo que mostram que as pessoas com o colesterol mais alto vivem mais tempo.

É bem conhecido entre os cardiologistas que metade das pessoas com ataques cardíacos têm colesterol normal ou baixo, dificilmente classificáveis como sendo de “risco”.

Por exemplo, foi feito um estudo em 2005, que examinou um grupo de pessoas com 65 ou mais anos de idade, que foi dividido em cinco categorias de acordo com seu nível de colesterol. Chegou-se à conclusão que as pessoas com o colesterol mais elevado tinham 70% menos de casos de demência, assim como menos ataques cardíacos. É caso para perguntar: Quão baixo quer você ter o seu colesterol?

Num outro estudo, mediram-se os níveis de colesterol dos residentes mais idosos em vários lares de 3ª idade, ou seja, em pessoas com idades muito próximas dos 100 anos . Em média o valor encontrado foi de 264mg/dl.

É conhecido também que os níveis mais elevados de colesterol estão associados com a diminuição da taxa de infecção, incluindo a pneumonia. Pergunta-se de novo: em quanto é que você quer baixar os seus níveis de colesterol?

Linus Pauling, bioquímico que ganhou dois prémios Nobel, propôs o que chamou de “teoria unificada da doença de coração”.

Leiam com atenção, pois a explicação é ao mesmo tempo impressionante e convincente.

Se você pudesse descer por dentro de uma artéria coronária que sofresse de acumulação de placas de colesterol você verificaria que estaria limpa e “pura” até determinada zona. E que logo após poderia encontrar uma placa grande de colesterol. Mas depois de passar por esta zona a artéria continuaria limpa novamente. A jusante você poderia voltar a encontrar uma outra placa de colesterol. E assim sucessivamente: Zona limpa-placa-zona limpa-placa….
Perante este facto, Pauling fez uma pergunta: por que é que a placa de colesterol está aqui e depois acolá?

Após a sua investigação, ele determinou que as zonas com placas eram as áreas de maior stress da parede arterial. E que a acção do colagénio nessas áreas pode desenvolver fissuras. Se estas fissuras não são corrigidas a tempo podem resultar num desastre e por conseguinte levar à morte.

No entanto, se uma pessoa tem bons níveis de vitamina C, argumentou ele, essas fissuras iriam sarar quase que imediatamente. Mas a maioria de nós não consome vitamina C em quantidade suficiente. Por isso, essas fissuras não são facilmente tratáveis.

Todos os animais que não consomem vitamina C sofrem de doenças cardíacas, incluindo os seres humanos, outros primatas, assim como os morcegos frutíferos.

Os animais produzem também uma forma única de colesterol chamado lipoproteína tipo A. E ela é produzida em quantidades maiores, quando os animais estão com pouca vitamina C. Junta-se ao colagénio na fissura e, em seguida, sequestra e fixa o colesterol como um remendo. A confirmar-se esta dinâmica, o nível do seu colesterol não tem nenhuma consequência.

Por outro lado, as prescrições na base de estatina, tomada para a diminuição dos níveis de colesterol, bloqueiam, é certo, a cadeia de reacção química que desencadeia a produção de colesterol. Mas esse químico bloqueia essa cadeia muito cedo na reacção química. Acontece que ainda antes da produção do colesterol produz-se a co-enzima Q 10. Esta co-enzima Q 10 é necessária para a vida. Apenas 10 mg de estatina reduz os níveis de co-enzima Q 10 em 47% ao fim de um ano de consumo.

Esses mesmos estudos mostram que a estatina pode causar insuficiência cardíaca, situação que pode ser revertida pela interrupção da ingestão do medicamento ou pela sua suplementação com co-enzimas Q 10 num comprimido à parte.

A estatina Mevacor foi produzida pela multinacional farmacêutica Merck. Esta empresa tem três patentes registadas com a co-enzima Q 10 no mesmo comprimido. No entanto, que se saiba, nunca fizeram uso dessas patentes nem nunca divulgaram o problema. No Japão, todas as estatinas necessitam de ser prescritas com a co-enzima Q 10 incluída no mesmo comprimido. Na Europa, para o mesmo efeito, têm de ser passadas duas receitas em separado. Pode ser muito bem que não seja só da nossa saúde que eles estão a tratar.

* Referência: artigo de Lane Sebring, M.D

Remédio "contra" o colesterol provoca diabetes e infeção

A Autoridade do Medicamento em Portugal (Infarmed) suspendeu a comercialização de todos os lotes e também a utilização de amostras em Portugal dos medicamentos Tredaptive e Trevaclyn, da farmacêutica Merck Sharp & Dhome, utilizados para reduzir o colesterol.


Em causa está uma recomendação da Agência Europeia do Medicamento (AEM) que conclui que os remédios não diminuem o risco de morte cardíaca e ainda têm efeitos adversos graves, embora não fatais, como hemorragias, dores musculares, infeções e aparecimento de diabetes.

Aos médicos, a mesma autoridade internacional recomenda que deixem de receitar os fármacos indicados e que procurem alternativas para o tratamentos dos seus pacientes. E aos doentes que estejam atualmente a fazer tratamentos com os remédios em causa, é pedido que procurem ajuda médica com urgência.

Segundo a AEM, a decisão de retirar os medicamentos do mercado teve como base os resultados de um estudo financiado pelo próprio laboratório, a Merck.
Participaram no estudo 25 673 indivíduos considerados doentes de alto risco para a ocorrência de eventos cardiovasculares, que foram seguidos durante três anos e nove meses.

A pesquisa comparou pacientes tratados com os medicamentos – que contêm ácido nicotínico – associados à estatina (substância mais utilizada no tratamento do colesterol) com outro que utilizava apenas estatina.

O estudo revelou que "a associação dos medicamen-tos não apresentou redução do risco de mortes, ataques cardíacos não fatais e derrames cerebrais, em comparação com a terapia exclusiva com estatina".

Além disso, verificou-se "um aumento na incidência de alguns eventos adversos sérios não fatais no grupo que recebeu o medicamento".

CONSELHO DE ÉTICA ESTUDA CONFLITO DE INTERESSES

O presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV), Miguel Oliveira da Silva, revelou ontem, no Parlamento, que vai elaborar um parecer sobre as declarações de conflito de interesses profissionais, pessoais e institucionais com a indústria farmacêutica. O responsável aproveitou ainda para criticar o facto de os hospitais não terem contribuído para a elaboração do parecer sobre contenção de custos com medicamentos, como lhes foi solicitado.

* Publicado no Correio da Manhã a 24 de Janeiro de 2013

“A campanha do colesterol é o maior escândalo médico do nosso tempo”

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Entrevista a Uffe Ranskov, investigador dinamarquês e fundador da Liga Internacional dos Céticos do Colesterol que defende que o colesterol alto não é causa mas apenas um sintoma das doenças cardiovasculares.



Como começou o seu interesse no colesterol?
Quando a campanha anti-colesterol começou na Suécia, em 1989, fiquei surpreendido porque nunca tinha visto indicações na literatura médica que mostrassem que o colesterol elevado ou as gorduras saturadas fossem prejudiciais. Como sabia pouco do assunto comecei a ler de forma sistemática e rapidamente percebi que o rei ia nu.
Parece haver uma guerra de estudos nesta matéria...
Quase todas as pesquisas nesta área são pagas pelas farmacêuticas e pela indústria das margarinas. É também um facto triste que muitos investigadores que mostraram que o colesterol elevado não é mau, não o percebam eles próprios. Por exemplo, dois grupos de investigação norte-americanos mostraram recentemente que o colesterol de doentes que deram entrada no hospital com ataque cardíaco estava abaixo do normal. Concluíram que era preciso baixar o colesterol ainda mais. Um dos grupos fez isso mesmo. Três anos depois tinha morrido o dobro dos pacientes a quem tinham baixado o colesterol, comparativamente aqueles em que o colesterol foi deixado na mesma.
Se o colesterol não tem influência na doença coronária como se explica que haja tantos estudos a mostrar efeitos positivos das estatinas em pessoas com historial de doenças coronárias?
A razão prende-se com o facto das estatinas terem outros efeitos, anti inflamatórios, além de baixarem o colesterol. O seu pequeno benefício só foi demonstrado em pessoas jovens e homens de meia- idade que já tiveram um ataque cardíaco. Nenhum ensaio de estatinas foi capaz de prolongar a vida às mulheres ou pessoas saudáveis cujo único ‘problema’ é terem o colesterol alto. E há mais de 20 estudos que demonstram que pessoas mais velhas com colesterol vivem mais tempo.
- Há quem não desvalorize completamente o papel do colesterol, nomeadamente o LDL, mas enfatize a importância do tamanho das partículas.
O investigador norte-americano Ronald Krauss descobriu que o LDL existe em vários tamanhos e que um número elevado de partículas pequenas e com maior densidade está associado a um maior risco de ataque cardíaco, enquanto que um numero alto de partículas de LDL grandes está associado a um risco menor. Também demonstraram que ao comer gordura saturada o número de partículas pequenas no sangue descia e que o número das grandes subia. Isto não significa que as partículas pequenas sejam a causa dos ataques cardíacos. Haver uma relação não implica que seja de causa efeito. O que estes estudos demonstraram foi que comer gorduras saturadas não causa doenças coronárias. De qualquer forma, uma análise do colesterol diz pouco. O nível de colesterol depende de muitas coisas. O stresse pode aumentar o nível de colesterol em 30% a 40% em meia hora.
Diz ainda que as gorduras saturadas não são um problema mas sim a comida processada, com gorduras hidrogenadas, e o açúcar...
Sim, o triste é que até os autores do mais recente relatório da OMS/FAO admitiram que a gordura saturada é inocente e apesar disso continuam com as recomendações de dietas com baixos teor de gordura e altos teores de hidratos de carbono. O relatório diz ‘As provas disponíveis de ensaios controlados não permitem fazer um juízo sobre efeitos substantivos da gordura na dieta no risco de doença cardiovascular’. Na Suécia, milhares de diabéticos obesos puderam deixar a medicação para a diabetes evitando os hidratos de carbono e comendo alimentos ricos em gordura saturada.
O que recomenda às pessoas relativamente à toma de estatinas?
Não usem estatinas! O seu benefício é mínimo e o risco de efeitos adversos é muito mais alto do que o que as farmacêuticas dizem. Vários investigadores independentes mostraram que há problemas musculares em25 a 50% das pessoas, especialmente nos mais velhos. Pelo menos 4% ficam com diabetes e parece haver também ligação a perdas de memória ou Alzheimer. Os problemas de fígado também são um risco. A campanha do colesterol é simplesmente o maior escândalo médico do nosso tempo.

Gripe A? 20 razões para tomar Vitamina D

Muito se tem dito e redito sobre a Gripe A. E a controvérsia seguramente continuará. Estranhamente não se fala de onde veio o “bicho” e nem se apuram responsabilidades, se as houver. E até há vozes que tendem a concordar com o facto de ter havido mão humana mal-intencionada metida nisto.

Fala-se sobretudo em como evitar “o bicho”, como não o propagar e como o “tratar”. Não se fala das diferenças entre os 3 ou 4 tipos de vacinas existentes hoje. Nem sequer se dá possibilidade de escolha. Haverá uma “melhor” do que a outra? Quem decide? Não se fala da composição das mesmas. Porquê? Ou seja, temos capacidade de optar por um Partido, por um Banco, por um Seguro, por um carro,…, mas quanto à nossa saúde, nem tanto. Para isso há quem decida por ti.

Estranho, não é?

Eu sigo o princípio do Einstein, que disse um dia: “Não parem de fazer perguntas!”

Porém, e seguindo uma cartilha, as sugestões de como prevenir a propagação do vírus foram estampadas por todo o lado. Soam como uma história aos quadrinhos para jardim-de-infância: lave suas mãos, tape a boca quando tossir e deixe os "adultos" tratarem do resto. Do resto, entenda-se vacinar e/ou tratar.

Curiosamente, não consta da lista de recomendações para conter a gripe do vírus H1N1 distribuída pela Organização Mundial de Saúde e pela Direcção-Geral de Saúde ou por quaisquer outros órgãos responsáveis em Portugal qualquer menção à vitamina D ou outros remédios naturais que oferecem enorme protecção contra as infecções de gripe. Esquecimento?

A ausência desta informação é no mínimo estranha. Se uma pandemia de gripe está, de facto, em vias de ameaçar tanta gente e se a maioria da população é deficiente num nutriente conhecido por evitar infecções da gripe, não faria sentido fazer alguns anúncios encorajando as pessoas a aumentarem os seus níveis de vitamina D, especialmente durante o Inverno?

É do conhecimento médico e de todos que a gripe tem tendência a desenvolver-se mais durante o Inverno. E isto coincide com o facto de termos um menor período de exposição solar. Ou seja, as pessoas tornam-se deficientes em vitamina D e ficam mais susceptíveis a todos os tipos de infecções de gripe.

Poderão ser encontradas facilmente na Internet informações científicas que reforçam esta ideia. Por exemplo, pesquise no Google por influenza and Vitamin D , ou gripe e vitamina D, e encontrará milhares de trabalhos científicos (revistos por outros tantos cientistas). Veja, por exemplo, o estudo desta lista intitulado "Gripe Epidemica e Vitamina D". Este artigo foi publicado em 2006 no jornal "Epidemiologia e Infecção" (2006, 134:6:1129-1140 Cambridge University Press) que resumidamente diz o seguinte:

Em 1981, R. Edgar Hope-Simpson estabeleceu a relação entre a radiação solar e a sazonalidade da epidemia de gripe. Demonstrou que a radiação solar provoca a produção da vitamina D na pele, que a deficiência de vitamina D é comum no Inverno e que a vitamina D activada tem efeitos profundos sobre a imunidade humana. A vitamina D funciona como um modulador do sistema imunológico. Talvez ainda mais importante do que isso, ele demonstrou que a vitamina D estimula dramaticamente a produção de potentes peptídeos anti-microbiais, os quais existem em neutrófilos, monócitos, células exterminadoras naturais e em células epiteliais do trato respiratório, onde desempenham um papel importante na protecção do pulmão contra a infecção. Ao contrário, a deficiência de vitamina D predispõe as pessoas a infecções respiratórias. Ou seja, a radiação ultravioleta (ou a partir de fontes de luz solar ou artificial) reduz a incidência de infecções respiratórias virais.
Não sei se será este o motivo pelo qual muitos especialistas dizem ser preferível tomar vitamina D do que tomar a vacina contra a gripe A, mas seguramente será porque:

#1. A vitamina D activa o seu sistema imunológico para responder a todo o tipo de ataques virais (não apenas contra o vírus da Gripe, seja ela sazonal ou não). Considerando que existem cerca de 50.000 espécies vertebradas e que cada espécie tem cerca de 20 vírus específicos, calcula-se que haja 1 milhão de vírus no planeta. Vamos ter uma vacina para cada vírus?

#2. A vitamina D pertence naturalmente ao seu corpo, não é um elemento estranho. Ainda está por avaliar o impacto do uso de compostos químicos produzidos em laboratório na saúde humana, ou melhor na falta dela (exemplo: no aparecimento de novas doenças), quer a curto prazo quer a longo prazo (gerações seguintes).

#3. A vitamina D tem funcionado como um medicamento no corpo humano desde o inicio da existência da espécie humana. Vamos utilizá-lo!

#4. A vitamina D está, como sempre esteve, disponível em grandes quantidades e não se prevê qualquer falta no seu “abastecimento”.

#5. A vitamina D não faz inchar o cérebro, nem o põe em coma. É do conhecimento geral que se tem dado pouca atenção aos efeitos secundários de qualquer medicamentação, quer pela falta de atenção médica, quer pelo pouco hábito de nos queixarmos, quer por falta de estudos adequados. Alguém sabe os efeitos adversos da utilização na composição das vacinas de mercúrio e/ou de adjuvantes na saúde humana?

#6. A vitamina D não é tomada por injecção, nem por spray nasal, logo não dói.

#7. A vitamina D encontra-se naturalmente em muitos alimentos. Por exemplo, na sardinha e no salmão e até no óleo fígado de bacalhau. Também em alguns cereais. Fale com o seu nutricionista!

#8. A vitamina D é perfeitamente segura. Nunca ninguém morreu ao consumi-la.

#9. A vitamina D é barata. Você pode mesmo obtê-la gratuitamente (da luz solar). 10-15 minutos diários de exposição à luz solar serão suficientes.

#10. A vitamina D não contém fragmentos virais de animais. (Exemplo: rim de macaco verde africano)

#11. A vitamina D não contém agentes conservantes, tais como o timerosal ou outros químicos, que, de acordo com a opinião de muitos cientistas, podem estar na origem e no desenvolvimento de muitos problemas de saúde (exemplo: autismo).

#12. A vitamina D não tem necessidade de vir acompanhada com uma folha explicativa com indicação das advertências sobre os possíveis efeitos secundários, pois não existem.

#13. A vitamina D é indolor e não deixa marcas no braço.

#14. A vitamina D melhora igualmente o metabolismo do açúcar, a densidade dos ossos e o seu bem-estar geral.

#15. A vitamina D é segura para o ambiente.

#16. A vitamina D não contém esqualeno nem outros produtos químicos adjuvantes inflamatórios. O esqualeno foi recentemente acusado de causar o aparecimento de doenças neurológicas tais como a síndrome de Guillain-Barré, a qual para além de ser uma doença incapacitante, conduz frequentemente à morte. De referir que as vacinas da gripe sazonal não tem este químico.

#17. A vitamina D é eficiente e segura em todos, incluindo grávidas e crianças. De acordo com a opinião do Dr. Daniel Floret, Presidente do Comité Técnico das Vacinações em França, não se conhece absolutamente nada sobre os possíveis efeitos secundários dos adjuvantes. Contudo, ele prevê possíveis efeitos secundários indesejáveis sobre o sistema imunitário das grávidas e bebés, precisamente os que estão na 1º linha de vacinação. A Suíça também seguiu este caminho.

#18. A vitamina D foi feita na natureza e não em laboratório.

#19. A vitamina D encontra-se naturalmente no leite materno.

#20. Você pode andar, mastigar uma pastilha ou mesmo conversar e gerar ao mesmo tempo a vitamina D que necessita a partir da luz solar!

Comece já hoje a tomar vitamina D! É barata e dá saúde! Ande ao ar livre!

Sono associado a vacina contra a gripe A

Cerca de 800 crianças em vários países da Europa desenvolveram um distúrbio do sono (narcolepsia) depois de terem sido vacinadas contra a gripe A (H1N1). A sueca Emelie Olsson é uma das adolescentes que desenvolveu narcolepsia, que não tem cura, após ter sido imunizada com a vacina Pandemrix, produzida pela farmacêutica GlaxoSmithKline.

Países como a Finlândia, Noruega, Irlanda e França relataram casos da doença, o que não aconteceu ainda em Portugal. Segundo a farmacêutica, mais de 30 milhões de doses de vacina foram administradas em 47 países. A Agência Europeia do Medicamento recomendou, em 2011, que a vacina fosse aplicada a maiores de 20 anos.
* Publicado no Correio da Manhã a 24 de Janeiro de 2013

Remédios para a febre podem causar lesões graves nos rins das crianças


Medicamentos usados frequentemente para reduzir a febre e a dor em crianças, o ibuprofen e o naproxen, podem provocar lesões renais graves nos menores, especialmente quando sofrem algum grau de desidratação devido à gripe ou a outras doenças. A conclusão é de um estudo de cientistas nos EUA, hoje publicado na revista científica 'Journal of Pediatrics'.

A equipa de cientistas das universidades de Indiana e de Butler, nos EUA, concluiu que quase 3% dos casos de lesão renal aguda pediátrica registados ao longo de 11 anos no hospital pediátrico local podem ser directamente associados à toma de anti-inflamatórios não esteróides comuns (NSAID, na sigla em inglês).

Apesar de a percentagem ser aparentemente reduzida, entre as crianças com problemas associados aos NSAID surgem quatro menores que precisaram de hemodiálise e pelo menos sete que poderão ter ficado com doenças renais permanentes, alertam os investigadores.

"Estes casos, incluindo alguns em que a função renal dos pacientes terá de ser monitorizada durante anos, bem como o custo dos tratamentos, são significativos, especialmente quando se considera que há alternativas e que as lesões renais agudas provocadas por NSAID são evitáveis" ‘ disse o nefrologista pediátrico Jason Misurac, que dirigiu o estudo.

Embora estes fármacos tenham sido ligados a lesões renais em breves estudos empíricos, o relatório agora publicado apresenta-se como o primeiro estudo de grande escala sobre a incidência e o impacto da lesão renal aguda provocada por NSAID.

A equipa de investigadores estudou os registos médicos do hospital pediátrico de Riley, na Universidade de Indiana, entre janeiro de 1999 e junho de 2010, tendo encontrado 1.015 casos em que os pacientes tiveram de receber tratamento para lesões renais agudas de qualquer origem.

Depois de excluírem os casos em que as lesões poderiam ser explicadas por outros factores, como doenças que afectam a função renal, os cientistas encontram 27 casos (2,7%) em que o único factor era a administração de NSAID.

Os cientistas admitem contudo que muitos dos 1.015 casos tenham causas potenciais múltiplas, pelo que os 27 casos deverão subestimar o número real de casos em que os medicamentos contribuíram para os danos nos rins.

O estudo conclui ainda que 78% dos 27 doentes estavam a usar NSAID há menos de sete dias e que 75% tomaram a medicação na dosagem recomendada. Em 67% dos casos, a família admitiu que a criança tinha sinais de desidratação.

A maioria dos pacientes era adolescente, mas os menores de cinco anos, por motivos que os investigadores não conseguiram identificar, foram afectados de forma mais grave: todos precisaram temporariamente de diálise, tiveram mais probabilidade de ficar nos cuidados intensivos e ficaram mais tempo no hospital.

Nenhum dos pacientes morreu ou sofreu de falência renal permanente, mas 30% das crianças revelaram sinais de doença renal crónica moderada após a recuperação do episódio de lesão renal aguda.

Os medicamentos em causa afectam a função renal ao restringir o afluxo de sangue aos componentes dos rins que filtram o sangue, pelo que o risco será maior se a criança estiver desidratada devido aos efeitos da doença, nomeadamente aos vómitos e diarreia, adiantou Misurac.

Sobre as alternativas aos NSAID, o médico apontou o paracetamol, mas não só. Considerando que a febre é normal em caso de infecção e não é perigosa em si mesma, Misurac sugeriu que "outra alternativa é não dar qualquer medicação, pelo menos por algum tempo, e deixar o corpo combater a infecção".
Lusa/SOL, de 25 de Janeiro de 2013